A pessoa em causa evita chamadas de voz e/ou fazer videochamadas com a vítima, para não revelar a sua verdadeira identidade;

A pessoa em causa quer manter a relação privada e desencoraja-o/a de falar sobre a relação com os seus amigos e familiares. Ocorre também muitas vezes que esta pessoa não tenha muitos amigos nem familiares com quem a vítima possa contactar;

O perfil desta pessoa parece demasiado bom para ser verdade, apesar de conter pouca informação sobre a pessoa em causa. Muitas vezes, os interesses e hobbies descritos no perfil são muito parecidos (se não idênticos) com os da vítima;

Solicita dinheiro à vítima sem nunca se terem conhecido presencialmente; Ao pedirem transferências monetárias solicitam que estas sejam realizadas para contas que não coincidem com o país de nenhum dos envolvidos e em muitos casos para destinatários com outro nome. Por vezes, pedem cartões-presente ou transferências através de criptomoeda. Existem casos onde é pedido à vítima que crie contas bancárias para ela própria receber dinheiro e depois transferir para outras contas. Aqui, a vítima poderá estar, sem conhecimento, a fazer parte de um esquema de branqueamento de capitais.

A pessoa diz que se encontra fisicamente distante, muitas vezes por questões profissionais, e existe muita dificuldade em marcar um encontro presencial;

É muito comum que, em casos de burla romântica, a pessoa em questão lhe dedique muita atenção, com mensagens e e-mails, e que procure o contacto de forma quase constante. Normalmente, isto significa que procuram estabelecer uma conexão com as suas vítimas para que estas desenvolvam sentimentos amorosos fortes, o que cria, por sua vez, a sensação de dependência dessa relação muito rapidamente.

As promessas de ir visitar a vítima são sempre quebradas. Até pode pedir à vítima que pague bilhetes de avião e alojamento, mas depois nunca aparece;

Há muitas situações em que os criminosos usam histórias de vida trágicas ou descrevem estar em situações extremas, para gerarem empatia imediata na sua vítima. Algumas das histórias mais comuns envolvem militares que precisam de dinheiro para voltar a casa ou a necessidade de dinheiro para resolver assuntos médicos ou de negócios que depois, na verdade, não existem;

A relação tende a acontecer de uma forma muito apressada, e existe uma urgência por parte da outra pessoa para que as comunicações passem dos sites onde se conheceram para comunicação privada, através de plataformas de mensagem instantânea, como Whatsapp ou até mesmo e-mail;

Por vezes, estes esquemas de burla online funcionam em média ou grande escala. Os criminosos servem-se de uma série de mensagens pré-definidas, que podem ser carinhosas, mas também impessoais. É comum que a pessoa em causa não trate a vítima pelo seu nome próprio. Em vez disso, opta por usar termos amorosos mais vagos, como “amor”, “querido/a”, “bebé”. Infelizmente, esta atitude cria uma grande sensação de intimidade e proximidade quando, na verdade, simboliza o oposto;